quarta-feira, julho 28, 2010

Entrada USB




Conforme pode ser visto aqui, o barramento USB (Universal Serial Bus) surgiu em 1995, a partir de um consórcio de empresas: a USB Implementers Forum, formada por companhias como Intel, Microsoft e Philips. Apesar de ter feito um grande sucesso, o padrão USB, cuja versão comercial era a 1.1, tinha como ponto fraco a baixa velocidade na transmissão de dados, que ia de 1,5 Mbps (Megabits por segundo) a 12 Mbps. O padrão FireWire, cujo principal desenvolvedor foi a Apple, chegou em um momento oportuno, se mostrando um concorrente de respeito ao USB 1.1, principalmente pela possibilidade de trabalhar a 400 Mbps. Logo, ficou evidente que o padrão USB precisava de um “upgrade”. Isso causou o lançamento do USB 2.0, cujas características serão mostradas aqui.



USB 1.1 x Velocidade baixa x FireWire

Ao se tornar um padrão, o USB 1.1 trouxe uma série de vantagens aos usuários e aos fabricantes de dispositivos para computadores. Graças a uma interface única, a tarefa de conectar diversos tipos de aparelho ao computador tornou-se mais fácil. A instalação de mouses, teclados, impressoras, scanners e câmeras digitais, é um processo tão simples que qualquer pessoa pode fazê-lo.

À medida que o uso do USB crescia, aumentava a necessidade de taxas maiores na transferência de dados entre um dispositivo e o computador. Periféricos como scanners e câmeras digitais, passaram a trabalhar com resoluções mais altas, o que resultava em maior quantidade de dados. A velocidade do USB, que até então se mostrava suficiente, começou a ser um entrave para tarefas que podiam ser executadas mais rapidamente.

A velocidade do USB 1.1 ia de 1,5 Mbps a 12 Mbps, o que equivale a cerca de 190 KB por segundo e 1,5 MB por segundo, respectivamente. Para dispositivos como mouses e webcams, esses valores são suficientes. Mas, para um HD removível ou para um gravador de DVDs externo, tais taxas são baixas demais.

A Apple, desde o início de 1990, trabalhava em um projeto cujo intuito era substituir o padrão SCSI. Em 1995, o FireWire foi padronizado e em 1996, lançado oficialmente no mercado, sendo usado principalmente nos computadores da Apple.

Pouco tempo depois, o padrão FireWire começou a chamar atenção, pois tinha objetivos semelhantes ao USB, mas trabalhava em uma velocidade bem maior: 400 Mpbs, o que equivale a cerca de 50 MB por segundo.

Diante desse cenário, o lançamento de uma versão melhorada do USB tornou-se inevitável e logo a versão 2.0 foi lançada. Isso ocorreu no final do ano 2000.

USB 2.0

O USB 2.0 chegou oferecendo a velocidade de 480 Mbps, o equivalente a cerca de 60 MB por segundo. O conector continuou sendo o mesmo tipo utilizado na versão anterior. Além disso, o USB 2.0 é totalmente compatível com dispositivos que funcionam com o USB 1.1. No entanto, nestes casos, a velocidade da transferência de dados será a deste último. Isso ocorre porque o barramento USB 2.0 tentará se comunicar à velocidade de 480 Mbps. Se não conseguir, tentará a velocidade de 12 Mbps e, por fim, se não obter êxito, tentará a velocidade de 1,5 Mbps.

Quanto ao fato de um aparelho com USB 2.0 funcionar no barramento USB 1.1, isso dependerá do fabricante. Para esses casos, ele terá que implementar as duas versões do barramento no dispositivo.

Em seu lançamento, o USB 2.0 também trouxe uma novidade pouco notada: a partir dessa versão, fabricantes poderiam adotar o padrão em seus produtos sem a obrigatoriedade de pagar royalties, ou seja, sem ter que pagar uma licença de uso da tecnologia. Esse foi um fator importante para a ampliação do uso do USB 2.0 e também para a diminuição do custo de dispositivos compatíveis.

O lançamento do USB 2.0 também trouxe outra vantagem à USB Implementers Forum: o padrão FireWire foi padronizado principalmente para trabalhar com aplicações que envolvem vídeo e áudio. Assim, é bastante prático conectar uma câmera de vídeo por este meio. Como a velocidade do USB 2.0 supera a do FireWire, ele também se tornou uma opção viável para aplicações multimídia, o que aumentou seu leque de utilidades.

Finalizando

Os primeiros produtos que utilizam o padrão USB 2.0 começaram a ser lançados de maneira efetiva no final de 2001. Por se tratar de um substituto natural da versão 1.1, praticamente já não há mais produtos que utilize esse último. No entanto, ainda existe alguns problemas ligados à compatibilidade com o sistema operacional. Por exemplo, no Windows XP, o USB 2.0 só funciona devidamente com a instalação do Service Pack 1. Nos sistemas operacionais Linux, o suporte ao USB 2.0 só se tornou padrão em versões atuais do kernel. O USB 2.0 é muito versátil e seu uso é realmente vantajoso. Assim, ao comprar um equipamento a ser conectado ao PC, não hesite, escolha um com suporte a USB. Felizmente, a maioria dos produtos recém-lançados são compatíveis com esse padrão.

Origem: http://informatizado.wordpress.com/2007/05/23/o-que-e-usb-parte-2/