sexta-feira, julho 23, 2010

Sistema Operacional DOS




MS-DOS é uma acrossemia de MicroSoft Disk Operating System (sistema operacional em disco da Microsoft); é um nome genérico do sistema operacional licenciado pela Microsoft Corporation para uso em vários microcomputadores de diferentes de fabricantes. Alguns destes fabricantes alteram o MS-DOS para melhor adaptá-lo a seus computadores dando-lhe novos nomes, como PC-DOS ou Z-DOS.

Baseando-se no nome disk-operating system (sistema operacional em disco, ou DOS), pode-se imaginar que tudo o que o MS-DOS é gerenciar seus discos. Entretanto, o MS-DOS faz muito mais que isto: ele proporciona um modo de se dizer ao computador qual o programa ou comando que se deseja executar, onde ele encontrará este programa ou comando e o que ele deve fazer com ele. Por exemplo, ele pode enviar informações à tela de vídeo, a uma impressora ou a uma porta de comunicações, para que elas sejam enviadas a outro sistema.

O sistema operacional pode ser considerado como operacionalizável em dois níveis:

O primeiro nível é um sistema de gerenciamento de hardware: o MS-DOS coordena a unidade central de processamento do computador (a CPU, que é o chip microprocessador que atua como o "cérebro" do computador) com o resto do hardware. Nesta capacidade, o MS-DOS capta o caractere digitado no teclado, codifica-o de forma que a CPU possa entender e, então, exibe-o no monitor de uma forma que o usuário possa entender. Ou seja, o MS-DOS atua como intermediário, convertendo os sinais eletrônicos gerados pelo teclados em códigos de controle que os programas de aplicação possam utilizar. Ele também executa pequenas tarefas relacionadas com a utilização dos programas , como a formatação de um disco, ou informando-lhe sobre os arquivos que se encontram em um determinado disco.

O segundo nível no qual o MS-DOS opera é a função utilitária. Nesta capacidade, o MS-DOS executa comandos, o que lhe permite interagir diretamente com o computador. Estes comandos executam funções como renomear arquivos no disco ou copiar arquivos de um lugar para o outro. O MS-DOS trata de seus próprios comandos exatamente como os programas de aplicação. Estes comandos, entretanto, são mais limitadors que a maioria dos programas de aplicação. Eles não executam tarefas como o processamento de palavras ou a contabilidade; em vez disso, são usados para a manutenção geral de seu computador. Cada comando possui um nome, que é geralmente de fácil memorização. Este trabalho se aterá apenas ao primeiro nível de operacionalização do MS-DOS.

Comunicando-se com o Hardware

A CPU do computador não pode funcionar bem sem um sistema operacional. O MS-DOS coordena o hardware e permite que a CPU comunique-se com quase todas as partes de seu computador.

Após carregar o sistema operacional (geralmente logo após o computador ter sido ligado), ele é mantido na memória de acesso aleatório do computador (RAM). A memória RAM é temporária, isto é, ela só é mantida pela força elétrica do computador. Quando este é desligado ou a energia é cortada mesmo que por alguns segundos, todas as informações guardadas em RAM são perdidas.

O processo de colocação em RAM dos dados vindos de foontes como o teclado e, alternativamente , a captação de informações da RAM e o seu envio para um dispositivo de hardware diferente, como a tela de vídeo, é chamado de E/S, ou entrada/saída. Cada vez que forem "lidas" informações advindas de algum dispositivo de hardware, como um acionador de disco, ou "gravadas" em um dispositivo de hardware, como uma impressora, o MS-DOS executa uma operação de E/S.

Um dispositivo é simplesmente uma peça de hardware que utiliza E/S. Por exemplo, uma impressora, um monitor, um acionador de disco, etc. Os dispositivos são conectados ao computador por meio de portas seriais ou paralelas. Quando a CPU precisa se comunicar com outro hardware, ela utiliza a parte do sistema operacional que conhece esse hardware.

Executando Programas de Aplicação

Em seu papel de intermediário entr e a CPU e um programa de aplicação, o MS-DOS executa tarefas importantes. Ele obtém o programa que você deseja executar e coloca-o em RAM, além de ajudar o programa a executar E/S. Quando o usuário comunica ao MS-DOS que deseja executar determinado programa, ele encontra o programa no disco, carrega-o em RAM e mostra à CPU o local do início do programa.

Nota: Há programas de aplicação desenvolvidos para sistemas operacionais diferentes do DOS, como o OS/2 ou Windows NT, por exemplo. O Windows 3.1, que é utilizado em muitos micros, geralmente é confundido com um sistema operacional, porém é apenas uma plataforma. Ele se utiliza do DOS para fazer as entradas e saídas, como qualquer outro programa de aplicação, porém fornece recursos como os de um sistema operacional para os programas de aplicação que o utilizam.

Discos e Arquivos

Quando dados são guardados em disco, eles são gravados em arquivos. As informações em arquivos podem consistir em texto, dados, programas, etc. O arquivo pode ter qualquer tamanho, limitado apenas pelo espaço disponível em disco.

Os arquivos são armazenados em discos ou disquetes. Um disco (ou disco rígido, ou ainda "Winchester"), é uma peça circular de material rígido coberto por um material magnético (podem ser várias peças como essa agrupadas em um único "Winchester"); um disquete (ou disco floppy) é uma versão flexível do disco, com capacidade menor.

Para recuperar arquivos do disco, o cabeçote percorre o mesmo até o local onde está armazenado o arquivo. O cabeçote lê primeiramente o diretório, onde estão informações sobre o arquivo. A partir daí e da File Allocation Table, o DOS descobre em que local do disco o arquivo se encontra, o que é determinado por trilhas e setores, como se fosse os eixos X e Y do disco. As trilhas são círculos concêntricos e os setores são como fatias do disco, como mostra a figura ao lado. Uma cluster, em linguagem técnica, é a intersecção de um setor com uma trilha. Um cluster possui um número fixo de bytes e um arquivo pode ocupar um ou mais clusters, sequencialmente ou não. É esse o papel da File Allocation Table, ou simplesmente FAT: mostrar ao DOS onde se encontram as diversas partes do arquivo espalhadas pelo disco.

Trabalho feito por Willian Cruz em Abril de 94, no terceiro ano do curso de Administração de Empresas com ênfase em Análise de Sistemas da FASP, de São Paulo, para a matéria de “Sistemas Operacionais”. Como o DOS praticamente não mudou de lá pra cá, ele continua se mantendo bastante atual. A imagem que fala sobre discos ilustra um disquete de 5¼, mas os discos de 3½ funcionam do mesmo modo (com exceção, claro, do entalhe de proteção contra gravação, sobre o qual se colavam etiquetas metálicas, hoje substituído por uma peça de plástico do tipo “abre e fecha”).

http://www.pobox.com/~wcruz - wcruz@pobox.com - 27/Mar/98 -Willian Cruz

Principais comandos do DOS
DATE - C:\>date

Comando que atualiza a data do sistema operacional. Digite date e o sistema informará a data atual e pedirá a digitação da nova data no formato dd-mm-aa (dia, mês e ano), por exemplo: 21-05-10.



TIME - C:\>time

Semelhante ao comando date, só que time modifica a hora do sistema operacional em vez da data. A hora deve ser informada pelo usuário no formato hh:mm:ss (hora, minuto e segundos), por exemplo: 19:40:34.



VER - C:\>ver

Comando que exibe o número da versão do sistema operacional que está sendo utilizado.

DIR

Comando que mostra a lista de arquivos de um diretório. Essa instrução pode conter alguns parâmetros, entre eles:

/P - lista o diretório com pausas para quando a quantidade de arquivos é grande o suficiente para que não possa ser exibida de uma só vez na tela;

/W - lista o diretório organizando a visualização na horizontal;

/S - exibe não só o conteúdo do diretório atual como também o conteúdo das pastas deste;

/? - use essa instrução para conhecer todos o parâmetros do comando dir.

O comando dir também poder apresentar três informações bastante importantes depois de listar o conteúdo da pasta: o número de arquivos contidos no diretório corrente, o espaço em disco ocupado por estes arquivos e o espa�o disponível no disco.

Exemplo:

C:\>dir /w



Repare que as pastas são as que estão entre colchetes.

CLS - C:\>cls

Comando que "limpa" a tela, isto é, elimina as informações exibidas até então e deixa o cursor no canto superior esquerdo.

MKDIR ou MD

Comando que cria um diretório a partir da pasta corrente com o nome especificado, por exemplo:

C:\>md simpsons - cria a pasta simpsons em C:\;

C:\>mkdir simpsons\lisa - cria a pasta lisa dentro de C:\simpsons.

CHDIR ou CD

Comando que muda o diretório corrente para outro a partir da pasta atual. Exemplos:

C:\>cd infowester - entra no diretório infowester.

C:\>cd infowester\hardware - alterna para o diretório hardware, que está dentro de infowester.

C:\>cd - indica o caminho (path) atual.

Digite CD acompanhado de dois pontos para voltar ao diretório anterior ao atual. Por exemplo, para sair de hardware e ir para infowester estando dentro deste último, basta digitar:

C:\>infowester\hardware>cd..



RMDIR ou RD

Comando que remove um diretório a partir da unidade corrente. O diretório somente será eliminado se não houver nenhum arquivo ou pasta em seu interior. Exemplos:

C:\>rd infowester\hardware - remove o diretório hardware de infowester.

C:\>rd infowester - remove o diretório infowester.

TREE

Comando que exibe graficamente a árvore de diretórios a partir do diretório-raiz para que o usuário tenha a organização hierárquica do seu disco. Esse comando pode conter algumas variações baseadas em parâmetros:

/F - exibe a árvore de diretórios mostrando também os arquivos existentes dentro deles;

/A - instrui o comando tree a usar ASCII em vez de caracteres estendidos.

Exemplo:

C:\>tree /f

CHKDSK

Comando que checa a integridade e as especificações do disco mostrando informações sobre este na tela, por exemplo:

C:\>chkdsk: - checa o disco rígido C:\.

MEM

Digite mem no prompt e informações atuais sobre a memória do computador serão exibidas.

RENAME ou REN

Comando que permite ao usuário alterar o nome de um arquivo. Basta digitar rename (ou ren) seguido do nome atual do arquivo e, depois, a denominação que este deverá ter. Se o arquivo em questão não estiver no diretório atual, basta informar seu caminho antes. Exemplos:

C:\>ren homer.doc bart.doc - muda o nome do arquivo de homer.doc para bart.doc.

Também é possível utilizar o caractere * (asterisco) para, por exemplo, renomear extensões de arquivos:

C:\>ren *.jpg *.gif - esta instrução altera a extensão de todos os arquivos do diretório atual que terminam em .jpg.

COPY

Comando que copia um arquivo ou grupo de arquivos de uma pasta para outra. Para isso, o usuário deve digitar o comando copy mais sua localização atual e, em seguida, seu caminho de destino. Por exemplo, para mover o arquivo infowester.doc de c:\hardware\ para d:\artigos\ basta digitar:

C:\>copy c:\hardware\infowester.doc d:\artigos

Note que, com este comando, também é possível utilizar asterisco (*) para substituir caracteres. Por exemplo:

C:\>copy c:\*.doc c:\aulas\software - esse comando copia todos os arquivos que terminam em .doc de C:\ para C:\aulas\software.

DISKCOPY

Comando que permite copiar o conteúdo de um disquete para outro de igual capacidade. Para copiar, por exemplo, o conteúdo do disco representado pela unidade A para a unidade B, basta digitar:

C:\>diskcopy a: b:

É possível checar se a cópia foi realizada com sucesso digitando o parâmetro /V no final do comando:

C:\>diskcopy a: b: /v

É importante frisar que este comando não funciona para cópias de conteúdo de discos rígidos.

XCOPY

Comando utilizado para copiar arquivos e árvores de diretórios com base em determinados critérios. Estes podem ser determinados pelos seus parâmetros. Eis alguns:

/D - copia arquivos que foram alterados a partir de uma data que o usuário deve informar logo após o parâmetro. Se a data não for inserida, apenas arquivos modificados a partir da data de alteração do local de destino é que serão copiados;

/P - solicita confirmação ao usuário antes de copiar cada arquivo;

/S - copia diretórios, desde que não estejam vazios. Para diretórios nesta última condição, basta informar /E /S;

/U - copia apenas arquivos que já existem no diretório de destino.

Exemplo:

C:\>xcopy /e /s c:\big d:\ - copia o diretório big para a unidade D:\.

Esse comando possui vários parâmetros. Digite xcopy /? para conhecer todos.

MOVE

Comando que tem duas funções: renomear diretórios ou mover arquivos de uma pasta para outra. Exemplos:

C:\>move simpsons futurama - renomeia o diretório simpsons presente em C:\ para futurama.

C:\>move d:\aula *.* e:\ - faz a movimentação de todos os arquivos presentes em D:\aula para a unidade E:\, deixando assim o diretório D:\aula vazio.

TYPE

Comando que tem a função de exibir o conteúdo de determinado arquivo, quando possível. Por exemplo:

C:\>type config.sys - exibe o conteúdo do arquivo config.sys na tela.

FORMAT

Comando que executa a formatação do disco rígido ou de uma partição deste, isto é, em poucas palavras, prepara a unidade para uso. É importante frisar que se uma unidade já em uso for formatada, todo o seu conteúdo será perdido ou só poderá ser recuperado com programas especiais. O comando format também conta com parâmetros. Eis alguns:


/Q - formata rapidamente o disco da unidade;


/U - formata o disco independente da condição;

/? - fornece mais detalhes sobre o comando, assim como todos os seus parâmetros.


A sintaxe do comando é: format [unidade:] /Q /U /S /4


Exemplo:


C:\>format a: - formata o disco na unidade A:\.

UNFORMAT

Caso aconteça de você formatar um disco por acidente, o MS-DOS permite a recuperação das informações (a não ser que você tenha utilizado o parâmetro /U na formatação). O comando unformat é o que tem essa função, que pode ser complementada pelo uso de parâmetros. Eis alguns:

/L - recupera as informações de um disco, mostrando a lista de arquivos e diretórios;


/TEST - lista todas informações, mas não refaz o disco.

A sintaxe do comando é: unformat [unidade:] /L /TEST


Exemplo:

C:\>unformat a: - "desformata" o disco representado pela unidade A:\.

DEL ou DELETE

Comando que executa a eliminação de arquivos. Por exemplo:

C:\>del c:\simpsons\bart.doc - apaga o arquivo bart.doc presente na pasta simpsons;

C:\>del c:\simpsons\*.doc - apaga todos os arquivos .doc da pasta simpsons;

C:\>del c:\simpsons\*.* - apaga todos os arquivos da pasta simpsons.

UNDELETE

Quem é que nunca passou pela experiência de apagar um arquivo por engano? O MS-DOS conta com o comando undelete justamente para esses casos. A instrução permite recuperar um ou mais arquivos apagados, quando possível. Para utilizá-lo, basta digitar undelete seguido do caminho do arquivo, por exemplo:

C:\>undelete c:\simpsons\bart.doc - recupera o arquivo bart.doc que estava presente na pasta simpsons.

DELTREE

Este é um comando que elimina um ou mais subdiretórios a partir do diretório corrente. Utilizando este comando, o usuário poderá apagar subdiretórios com mais rapidez. Como precaução, a instrução sempre exibirá uma mensagem perguntando se o usuário realmente deseja realizar tal tarefa. Para executá-lo, basta digitar deltree seguido do caminho do arquivo, por exemplo:

C:\>deltree simpsons - apaga a pasta simpsons presente em C:\.



Finalizando
Como você pode perceber, os comandos para MS-DOS são bastante variados e, como se não bastasse, podem ser ajustados para determinadas finalidades com o uso de parâmetros. Uma boa maneira de conhecer os parâmetros de cada comando ou mesmo de obter ajudar quando determinadas instruções falham, é digitando o nome do comando seguido de /?. Você também pode digitar help no prompt para conhecer uma lista dos comandos suportados pelo seu sistema operacional.

Baseado parcialmente em material de autor desconhecido. Publicado em 30/06/2003. Atualizado por Emerson Alecrim em 21/05/2010.